Nosso Radar de Celebridades tem com objetivo identificar e apresentar um grande painel das celebridades de nosso tempo - figuras públicas brasileiras que têm alcançado destaque e adesão junto a públicos significativos.
Campo de Exposição
Ailton Krenak é acessado por meio de palestras, conferências, lives, debates, aulas e outras manifestações dentro e fora do Brasil. Seu perfil no Instagram tem 41,9 mil seguidores. Ele é convidado para programas de televisão, participou de documentários e diversos produtos audiovisuais, além dos próprios livros de sua autoria. É considerado um dos principais representantes da luta pelos povos indígenas da atualidade, respeitado por movimentos sociais e por intelectuais brasileiros, além de ser reconhecido por diversos prêmios e honrarias nacionais e internacionais.
Dados coletados em 02/07/2021.
Acontecimentos
Públicos/Valores
Ailton Krenak é considerado um importante pensador contemporâneo brasileiro, lido por acadêmicos, intelectuais, respeitado por diversos movimentos sociais. É uma importante referência bibliográfica e de reflexões atuais sobre a oralidade como expressão da literatura.
Ao mesmo tempo em que provoca a sociedade brasileira a rever seus parâmetros econômicos, culturais e políticos, expondo a finitude de nossos recursos e a exacerbada instrumentalização da vida e da nossa existência em relação à natureza, dialoga, em suas falas direcionadas à academia, com autores como George Orwell, Zygmunt Bauman e Michel Foucault. Portanto, diante de um diálogo que desconstrói perspectivas consolidadas e de uma boa leitura de autores considerados canônicos, consegue fazer circular sua filosofia com uma força que poucos pensadores de povos tradicionais conseguem ter.
Ponto de interrogação
No início da década de 90 houve uma polêmica envolvendo Ailton Krenak em que entidades indígenas teriam questionado sua legitimidade como representante dos povos originários. Em contrapartida, personalidades e entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a ONG norte-americana Rainforest Action Network (RAN) saíram em defesa dele.
Tamires Coêlho, professora do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMT, doutora em Comunicação pela UFMG e jornalista.