Nosso Radar de Celebridades tem com objetivo identificar e apresentar um grande painel das celebridades de nosso tempo - figuras públicas brasileiras que têm alcançado destaque e adesão junto a públicos significativos.

Conheça a proposta

Djonga

Campo de exposição: onde é acessado?

Nas redes sociais, Djonga pode ser acessado através de sua conta no Instagram, onde tem 3,9 milhões de seguidores, e no Facebook, com 807 mil seguidores. O cantor não possui conta no Twitter, que foi excluída em 2020.
Já o canal do YouTube do artista conta com 2,21 milhões de seguidores, e o seu vídeo mais famoso é da música “LEAL”, com 74 milhões de visualizações.
Na plataforma de streaming Spotify, Djonga possui cerca de 3,3 milhões de ouvintes mensais.

(Informações coletadas em 22/11/2022)

Acontecimentos

  • Djonga alcançou o público geral com sua música viral “LEAL”, lançada em 2019.
    Também em 2019, ele participou de uma música do seu time de coração, Atlético Mineiro, chamada “Contra o Vento”.
    Em 2021, o rapper participou do podcast de Mano Brown, Mano a Mano, no qual discutiram sobre política, sociedade, racismo, música e sua história pessoal.
    Em junho de 2022, sua apresentação no festival Cena 2K22 viralizou nas redes sociais. Durante o show, um homem em chamas fez parte da performance, em referência ao trecho “fogo nos racistas” da canção “Olho de Tigre”, composta por Djonga.
    Apesar de não ter vencido, Djonga foi o primeiro brasileiro indicado ao prêmio BET Hip Hop Awards nos Estados Unidos de 2020, como melhor artista internacional.

Públicos/valores evocados

Djonga é reconhecido, principalmente, pela sua luta diária contra o racismo. O antirracismo é uma causa na qual ele acredita fortemente, sempre deixando isso em destaque, seja nas suas letras, nas suas entrevistas ou redes sociais. Ele chegou a criar a famosa frase “Fogo nos racistas”, extraída de sua canção “Olho de Tigre”, que é amplamente disseminada hoje pelo movimento negro. Além disso, o rapper também mostra sua visão política e sua insatisfação com o governo de Jair Bolsonaro, deixando bem claro que não apoia a direita. Além disso, o rapper também evoca valores e costumes associados a uma mineiridade em seu trabalho e persona pública. Djonga demonstra orgulho das suas raízes mineiras e, em seus discursos, busca sempre valorizar o rap e a música mineira como um todo. Com esses ideais, o cantor atrai um público com crenças e valores similares aos dele: antirracista, majoritariamente de esquerda e formado, em grande parte, por admiradores mineiros.

Pontos de interrogação

Em dezembro de 2020, um vídeo de Djonga participando de um show em uma favela do Rio de Janeiro viralizou. Ele se encontrava cantando no meio da multidão, o que gerou questionamentos por parte de seus fãs e do público geral, já que o Brasil estava em situação crítica por conta da pandemia da Covid-19. O artista se manifestou em sua conta do Twitter – que foi excluída após a repercussão do caso – alegando que ocorriam aglomerações em vários bairros nobres pelo Brasil e que era hipocrisia condenar o show dele enquanto outras pessoas saíam impunes. Além disso, para ele, era necessário que shows e outros trabalhos, como gravação de músicas novas e clipes, continuassem, senão os trabalhadores do ramo audiovisual não teriam como se sustentar. A discussão continuou por um tempo e, mesmo com os argumentos dados por ele, Djonga foi bastante criticado pela sua atitude, já que não era esperado que uma pessoa envolvida em causas sociais e políticas ignorasse uma pandemia que ainda é a causa de tantas mortes no Brasil.

Autor: Anna Carolina Cruz, graduanda em Jornalismo (UFMG).

Coautor: Nicolle Teixeira, graduanda em Jornalismo (UFMG) e bolsista de Iniciação Científica do GRIS/UFMG (FAPEMIG).

Biografia

Gustavo Pereira Marques, mais conhecido como Djonga, nasceu no dia 4 de junho de 1994, em Belo Horizonte, na Favela do Índio, e cresceu no bairro São Lucas, Santa Efigênia.

Seu interesse por música vem desde criança, por influência de sua família, que ouvia principalmente MPB, Samba e Black Music e artistas como Cazuza, Janis Joplin, Elis Regina, Elza Soares, Jimi Hendriks, MC Smith e Mano Brown, a quem Djonga se refere como uma de suas principais referências. 

Começou sua carreira na rua, no sarau de poesia “Vira-lata”, quando estava no final do ensino médio. Os saraus despertaram o seu interesse por poesia e, em 2012, gravou e lançou seu primeiro single, “Corpo Fechado”. No mesmo ano, ele e o rapper Hot Apocalypse criaram o grupo DV Tribo, e chamaram os MCs FBC, Clara Lima, Oreia e Coyote Beats para participar. 

O cantor chegou a cursar História na Universidade Federal de Ouro Preto, mas não terminou os estudos para se dedicar a carreira musical.

Em 2016, o cantor colaborou na música “Sujismundo”, de Baco Exu do Blues, que fez um enorme sucesso, marcando o começo de Djonga no mundo da fama. Em 2017, lançou seu primeiro álbum, nomeado “Heresia”, e, desde então, vem conquistando seu espaço na cena e respeito por parte do público e de outros rappers.

Em 2017, teve seu primeiro filho, Jorge, com a ex-mulher, Yasmin Blanco. Já em 2019. nasce Iolanda, sua filha e de Malu Tamietti. Em janeiro de 2020, 2 meses depois, Malu o pediu em casamento no palco do Festival Planeta Brasil.

Desde seu primeiro álbum de estúdio, o artista tem realizado lançamentos anuais, sempre no dia 13 de março. Até o momento, o artista contabiliza cinco álbuns de estúdio: Heresia, O Menino que Queria ser Deus, Ladrão, Histórias da Minha Área e NU. 

Djonga é considerado um dos nomes mais importantes do rap na atualidade, com um trabalho marcado por letras com fortes críticas sociais. O cantor conquistou o público geral e sua fama ultrapassou o cenário do rap, consolidando seu lugar na cena musical brasileira.