Nosso Radar de Celebridades tem com objetivo identificar e apresentar um grande painel das celebridades de nosso tempo - figuras públicas brasileiras que têm alcançado destaque e adesão junto a públicos significativos.
Campo de exposição: onde Ludmilla é acessada?
A artista tem uma presença marcante nas redes sociais digitais. Seu perfil no Instagram tem cerca de 11,4 milhões de seguidores. Também possui 6,9 milhões de curtidas em sua página oficial no Facebook e 3,3 milhões de seguidores no Twitter.
Seu canal oficial no YouTube, criado em 9 de junho de 2014, tem mais de 4 milhões de inscritos e acumula 952.298.664 visualizações. No Spotify, tem cerca de 3,5 milhões de ouvintes mensais.
(Dados coletados em 6 de outubro de 2018)
Acontecimentos: o que tem marcado a aparição pública de Ludmilla
Públicos e valores que Ludmilla evoca
Ludmilla possui uma forte adesão entre o público LGBT. A artista se apresentou na Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro, em 2016, e na de Madureira, em 2017; o clipe de Cheguei, também de 2017, tem a participação da cantora drag queen Lia Clark e várias placas com escritos como “Gay é OK” e “Don’t be a drag, just be a queen”.
O público das periferias também é mobilizado pela artista, especialmente por suas raízes ligadas ao funk. Apesar da virada ao pop a partir de 2014, Ludmilla continuou investindo no ritmo carioca, regravando alguns hits do início da carreira e lançando novas canções do gênero.
Ludmilla evoca fortes discursos sobre a mulher. No início da carreira, se posicionava de forma embativa contra a figura da garota “recalcada”. Após assinar com a Warner, esse discurso se atenuou, mas continuou presente em algumas músicas. Ela se declarou feminista em 2014, mas, em 2015, disse que já não se considerava mais parte do movimento. Apesar da mudança, defende a liberdade e a independência feminina em suas canções.
A artista também toca em questões raciais. Ludmilla foi vítima de racismo diversas vezes e tomou medidas legais contra os agressores. Ela frequentemente comenta sobre o preconceito e dificuldades enfrentados pelos negros em entrevistas. Mesmo que esses posicionamentos se relacionem com pautas do movimento negro, Ludmilla rejeita, em diversos momentos, o rótulo de militante de qualquer causa. Ainda assim, reconhece que é uma figura importante de representatividade negra, feminina e periférica no Brasil.
Pedro Paixão
Graduando em Comunicação Social na UFMG
Bolsista de Iniciação Científica pelo GrisLab