Nosso Radar de Celebridades tem com objetivo identificar e apresentar um grande painel das celebridades de nosso tempo - figuras públicas brasileiras que têm alcançado destaque e adesão junto a públicos significativos.
Campo de exposição
Andressa Urach pode ser encontrada em diversas redes sociais. No Instagram, a modelo acumula 2,8 milhões de seguidores e realiza postagens com frequência. No Facebook, Urach acumula 895 mil seguidores, mas suas postagens estão vinculadas ao que é publicado no Instagram e no Youtube, portanto, a rede funciona apenas como um espelho das outras plataformas. Seu canal no Youtube conta com 579 mil inscritos, ele ficou inativo por um tempo, mas atualmente já possui postagens regulares.
(Estes dados foram coletados em 08 de novembro de 2022)
Acontecimentos
Público e valores evocados
Ao longo de sua carreira, Andressa construiu dois públicos distintos: fãs de cultura pop, sendo majoritariamente pessoas que fazem parte comunidade LGBTQIA+, que a apoiaram durante o reality show “A Fazenda”, e seguidores dentro do ambiente da igreja, onde Andressa se estabeleceu como obreira e conselheira religiosa. Dessa forma, antes de se converter, sua imagem evoca valores como a beleza, a sensualidade, a valorização e objetificação do corpo feminino. Depois da conversão, ela evoca a religiosidade, o recato, além dos valores da família e da maternidade em seus posicionamentos.
Pontos de interrogação
Urach ainda se apresenta como uma figura embaçada, que não permite uma identificação clara a respeito da sua própria imagem. Isso acaba refletindo em seu público, que pode encontrar na modelo elementos de identificação e divergência ao mesmo tempo, o que resulta na impossibilidade de determinar um grupo específico com o qual Andressa se comunica.
A grande interrogação que costura a imagem de Andressa está no ponto de tensão causado entre esses dois públicos que se situam em posições completamente distintas. Ao longo do último ano, vemos isso manifestado no constante “vai e volta” da modelo entre os dois lados, agravado por uma condição psicológica fragilizada e decorrente de anos de abandono, abuso e perseguição midiática.
Autor: Carlos Eduardo Ortega da Silva, graduando em Jornalismo (UFMG).
Coautor: Amanda Nascimento, graduanda em Relações Públicas (UFMG) e bolsista de Iniciação Científica do GRIS/UFMG (CNPq).