O novo coronavírus alterou a dinâmica mundial, e no meio esportivo não foi diferente. Competições, campeonatos e jogos foram alterados e/ou cancelados devido à crise sanitária, gerando nos atletas e torcedores as mais diversas reações.
É certo que a crise sanitária causada pela Covid-19 tomou proporções antes não imaginadas. No mundo dos esportes, o vírus foi capaz de interferir em jogos e campeonatos de uma forma que nem mesmo a Segunda Guerra Mundial conseguiu. Assim, competições tradicionais como UEFA Champions League, Libertadores da América, NBA, Euroliga, Fórmula 1, torneios de Tênis e outros esportes tiveram seus campeonatos interrompidos e jogos adiados.
Além disso, eventos mundiais como as Olimpíadas e as Paraolimpíadas também sofreram alterações em suas datas, quebrando o ciclo de quatro anos existente para a repetição do campeonato. Assim, as cerimônias que seriam realizadas em Julho deste ano foram alteradas para 2021, sendo Tóquio a sede do espetáculo. Apesar dos prejuízos financeiros, a comunidade esportiva e quem a acompanha recebeu bem a notícia, analisando a decisão como correta e prudente — visando o bem estar social.
No âmbito nacional, os campeonatos de futebol estadual foram suspensos por tempo indeterminado. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra a medida, classificando-a como histerismo. Baseando-se no discurso de movimentar a economia, ele usa do entretenimento do futebol como estratégia para reforçar a ideia do relaxamento da quarentena e enfraquecer o posicionamento dos governadores favoráveis à medida. Por isso está trabalhando para a volta dos jogos.
Já os canais de TV (que garantiam grandes audiências com os programas esportivos e transmissões de jogos) optaram por reprisar partidas memoráveis, na tentativa de reverter o prejuízo — o que vem fazendo sucesso entre o público.
Por outro lado, diversos clubes e atletas se movimentaram em ações favoráveis ao enfrentamento do vírus. Nas redes sociais, a hashtag “Desafio Corona” logo viralizou nos perfis de atletas como Danny Morais (zagueiro do Santa Cruz), Denílson (ex- jogador do São Paulo) e Alisson (goleiro do Liverpool e da Seleção), com o intuito de divulgar a venda de camisas autografadas para a arrecadação de fundos destinados a saúde. Além desses esportistas, nomes como Roger Federer, Lionel Messi, Pep Guardiola, Cristiano Ronaldo e Neymar também fizeram doações para hospitais como apoio ao combate à pandemia.
Assim como todas as decisões políticas e econômicas referentes à pandemia, a paralisação mundial dos esportes também é uma questão controversa e já entrou para a história da categoria. Entretanto, apesar de todas as críticas, ainda é a melhor solução para nossa situação.
Evelly Lopes, graduanda em Publicidade e Propaganda na UFMG. Bolsista de Iniciação Científica pelo GrisLab
Não tá fácil pra ninguém, o covi19 abalou todas as estruturas.
Realmente não está, Ellen. Que nos cuidemos e fiquemos todas e todos bem!